Logos: Tendências 2008

Por Daniel Campos

4 de fevereiro de 2009

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Aloha (paz!)

Galera, depois de 10 dias sem postar, é com grande prazer que trago esse artigo excelente a vocês: Tendências de 2008, escrito pelo designer Bill Gardner para seu excelentíssimo site LogoLounge e autorizado por ele mesmo a tradução para o português em exclusividade ao LogoBR. Agradeço a Dani Castelucci que mais uma vez (como sempre) fez um trabalho sensacional na tradução desse artigo, mesmo com tantos afazeres. Obrigado Dani!

Esse texto fala das tendências, segundo Gardner, para o design de logo em 2008. Talvez você esteja pensando agora: “mas estamos em 2009”. Porém o intuito desse post, no LogoBR, não é de cantar a últimas tendências, mas sim de falar do que se fez em 2008 e de, principalmente, mostrar como designers como Gardner analisam trabalhos. Creio que a grande sacada desse artigo agora será a oportunidade de ver com mais propriedade o que foi feito pelo mundo quando se trata de design de logos. E tem brazuka na lista! 😀

Espero que gostem (até porque, deu um trabalhão pro Bill escrever isso, pra Dani traduzir e pra eu editar e postar! ;)) Brincadeiras a parte, vamos ao que interessa! Enjoy it.

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Tendência em Design de Logos
Por Bill Gardner

Acompanhar tendências, até pouco tempo, era um exercício de olhar formas de conexão entre associações diretas. O Photoshop liberava um novo filtro e – Voilà – uma série de logotipos passavam a ter este efeito aplicado. Um estilo particular de ilustração é apresentado em uma campanha ou filme publicitário de sucesso, e em minutos a influência daquela arte passava a afetar identidades corporativas.

Periodicamente, algo realmente surpreendente e inesperado surge. Encontrar estes pequenos tesouros é uma das grandes vantagens de se categorizar 27.000 logotipos, como a LogoLounge e um talentoso time de juízes prepararam para nosso quarto livro. Mas há sempre aquela tendência natural de influência que aparece neste ou naquele projeto, um cheiro, uma mudança na temperatura do ar. Eles estão vagamente presentes.

Este ano, porém, parece que houve uma mudança nas próprias tendências. Ao invés da relação direta na qual a tendência sai de uma fonte central, as tendências que prevalecem nos logotipos agora parecem remeter a agentes secretos que surgem através da sujeira da não-relatividade, dos lugares inesperados, de qualquer lugar do mundo. É cada vez mais difícil definir as raízes das idéias – o que é realmente muito bom.

A seguir há 15 tendências que realmente destacaram-se no mundo todo. Mantê-las atrás das nuvens privilegia ventos que devem ser notados:

>> Nós vemos menos ênfase na sustentabilidade ou “dominância verde” no desenho do logo. Há diversas conotações naturais, mas ser “verde” não traz mais aquela unicidade.

>> As cores têm se tornado mais vívidas. Sumiu a desaturação, e o fator Chroma tem sido privilegiado.

>> Há uma movimentação em direção à nitidez – no tipo, na linha, na cor – como se as idéias estivessem cada vez mais sucintas. Isso pode ser um indício do grau de seriedade que o branding tem ganhado.

>> Menos é mais comum: menos caligrafia, menos truques de Photoshop, menos destaques artificiais.

>> Padrões e ilustrações têm resistido. Com uma riqueza infinita de história visual constantemente disponível através de peças para venda e pela internet, esta é uma direção que não parece extinguir-se.

E, agora, as tendências. Lembre-se de que elas foram coletadas para ilustrar movimento constante ou mudança, e não para oferecer sugestões de design. São uma história viva. A chave é estudar as tendências, e então evoluir – o mais rápido que você conseguir – a partir delas.

2008_supernova

Supernova

Imagine como os astrofísicos nomeariam uma supernova ou a erupção e consequente explosão de uma estrela. Em um show de luzes decorrente do salto para viajar à velocidade da luz no Guerra nas Estrelas original, estes logos aceitam o desafio de demonstrar movimento. Por anos temos visto marcas que criaram a impressão de movimento sob uma ótica de perfil usando listras ou borrões para denotar velocidade.

Estes exemplos guiam um campo de elementos em direção ou contra o observador usando diversos métodos. O logo LodgeNet (de Jerry Kuyper) faz a propaganda do serviço de cinema interno da empresa apresentando a você uma imagem com uma inteligente técnica explosiva. Esta explosão tem construção simples e sem sombreado – particularmente interessante se considerado que o produto é uma commodity on-line que poderia perfeitamente justificar soluções repletas de truques RGB.

1. Jerry Kuyper para a LodgeNet

2. Gabi toth para a Halo Consulting

3. Crave Inc. para o IQ Beverage Group

4. Mirko Ilic Corp. para o Dr. Zoran Djindjic Fund

2008_fineline

Linha Fina

Consistência no peso da linha é um dos princípios de um bom desenho de logotipo. Ela traz ritmo e assegura legibilidade à primeira vista. Esqueça esta regra. Diminua o peso de sua linha até que se assemelhe a um fio de cabelo e comece a desenhar. A maior parte desses logos tem dois níveis: à primeira e à segunda vista, sob a ótica do observador. Tipicamente uma imagem mais pesada com a primeira mensagem serve como plano de fundo. A segunda mensagem, mais profunda, é geralmente encriptada sobre o topo ou “saindo” da imagem mais pesada.

Finas pinceladas podem não parecer nada além de um padrão inicialmente, mas também podem carregar a dicotomia de uma contra-mensagem. Uma variação disso é o uso de arte linear en masse para criar peso suficiente para definir uma mensagem como no logotipo PULSE. Este processo yin yang tende a cativar o observador e traz uma sensação de inteligência para a marca que não requer pressão para transmitir uma mensagem sutil.

1. Louis Fili para the Mermaid Inn

2. Hula + Hula para Cartoon Network Latinamerica

3. Unit para o Artists for Peace

4. Coleção Point Black para Pulse

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Dobradura

Imagine ser contratado para desenhar um logo tendo uma longa faixa de papel como única ferramenta. Estas soluções de “origami” trazem uma sensação de dimensão mesmo sendo relativamente bidimensionais. O material a partir do qual estas formas são criadas pode ser, por exemplo, filme transparente, metal, ou papel. Parece haver uma mensagem de inteligência e economia de pinceladas em muitos deles.

Algumas vezes a simplicidade das dobras traz um significado adicional quando as matérias primas trazem propriedades únicas. Note como o lado avesso do material tem uma cor diferente em cada dobra do logo TURN. Ou veja como a transparência reforça a sobreposição do material. Em alguns casos, esta técnica cria um pouco de efeito quebra-cabeças. Ela envolve o observador ao passo que o instiga a rastrear o caminho da marca ou tenta determinar se as dobras realmente poderiam ser feitas como parecem.

1. PMKFA para Yes King

2. Gardner Design para Liberty Capital

3. A3 Design para Urban Architectural Group

4. Addis Creson para Turn

2008_global

Expansão Global

Que visão refrescante esta tendência traz! Já se foi o tempo em que qualquer empresa envolvida em comércio internacional dava importância em ter um globo no logotipo. É uma solução que se tornou desafiadora para ser obtida sob uma perspectiva original. Estes logotipos têm pelo menos a honestidade de parar e dizer “Oi, nós podemos não ser totalmente globais ainda, mas dê-nos tempo para isso”. Todas estas marcas apóiam-se em um padrão que diminui no canto e então se distorce para formar uma esfera numa expansão simbólica.

O rico grupo de soluções da Cato Purnell Partner para o Aeroporto de Dubai comunica de forma sucinta uma mensagem chave. Comércio, viagem e turismo tornaram Dubai um centro para viajantes internacionais, e este logotipo de primeira classe encontrou uma maneira única de expressar este fato. Usando o símbolo sagrado islâmico do octagrama, ou estrela de oito pontas, o logotipo começa a envolver uma esfera global com seu mosaico de pastilhas. A disseminação de uma cultura não é uma mensagem acidental desta marca.

1. Lippincott for XOHM

2. Cato Purnell Partners para Dubai International

3. Futurebrand BC&H para Transpiratininga

4. FIRON para Novatel

2008_loops

Loop

Faixas contínuas, sim, mas nem todas estas marcas têm aquele talismã da fita de Möbius. Saindo do sinal universal de infinidade, este grupo de logotipos parece celebrar o fluxo de um círculo fechado. Não há dúvidas de que mais que umas poucas faixas emborrachadas são chamadas para a de modelagem, mas uma figura de faixa não é obrigatória.

Há algo pessoal nesta falta de simetria perfeita mostrada aqui. A natureza flexível destes logotipos significa a habilidade de se transformar para satisfazer as necessidades do momento. Alguns parecem ser uma fotografia de um movimento capturado em um milisegundo, a partir de um objeto cheio de energia.

O look Peugeot 307 reflete o perfil deste carro em especial, parecendo pairar sobre o chão, como uma pluma. A aparência cromada da marca leva a uma qualidade surreal, ao passo que converge para uma precisão técnica.

1. Lippincott para IBM & Freescale

2. Angelini Design para Peugeot International

3. Miriello Gráfico, Inc. para Qualcomm

4. Double Brand para locadora de veículos Long Term

2008_jawbreakers

Quebra-queixo

Alguém que algum dia enrolou sua língua tentando comer um quebra-queixo ou uma bala puxa-puxa pode confirmar o arco-íris concêntrico mostrado em uma seção transversal perfeita desta confecção. Há uma brincadeira infantil com uma perfeita divisão destas órbitas que parecem descobrir um tesouro oculto. A qualidade de pop-arte dos anos 70 destas marcas é garantida com uma pequena influência de uma paleta reservada. Geralmente, cores brilhantes são um must, e, frequentemente, seções transversais são tão únicas quanto flocos de neve Technicolor.

Há juventude nestes logos que trazem uma vitalidade para o mercado. Você não consegue deixar de sorrir para a brincadeira visual que eles parecem trazer. Entre as influências pode-se incluir o criativo uso pela Target de seu próprio logotipo nos trabalhos de marketing, apesar do vermelho e branco desta marca parecerem apagados perto dos exemplos mostrados aqui.

1. Form para Dazed & Confused/Topshop

2. MacLaren McCann Calgary para Telphonic

3. Volatile para Antidote

4. Volatile para Pod

2008_strobe

Estrobos

Animar o ambiente estático de impressão é desafiador, mas com algumas imagens sequenciais de stop-motion a solução é possível. Lembram daqueles livretos que apresentavam uma animação ao serem folheados? Agora, pegue as imagens, coloque-as sobre uma mesma superfície, e este é o resultado. Estas marcas têm uma aparência furtiva de natureza fluida que tende a trazer um aspecto gracioso a suas empresas.

O logo da Nikon desenhado pela Interbrand há alguns anos sinalizou a introdução deste processo por uma grande marca. A adoção do Sprint no logo da Lippincott, uma representação de animação stop-motion de um pino caindo, abriu as portas para uma exploração mais profunda e soluções parecidas. O novo logotipo animado da Nokia Siemens, criado pela Moving Brands, brinca com o conceito de estrobo quando é adaptado para impressão.

1. Interbrand para Nikon

2. Moving Brands para Nokia Siemens Networks

3. Lippincott para UMW

4. Lippincott para Sprint

2008_nimbus

Nimbo

Protete seus olhos e use protetor solar fator 30. Não é para se esperar uma queimadura de sol, mas você pode precisar se proteger do brilho de idéias. Há uma certa admiração associada a todas estas marcas. O ponto central da imagem é normalmente um túnel brilhante a partir do qual a luz emana. Se isso se parece com abrir caminho entre as nuvens e fazer aparecer divindades, você não está muito longe do caminho certo.

A disseminação da luz ou da energia pelo uso de raios é muito mais que uma aura astral. Isso indica uma capacidade ou sujeito central, e indica que este tem a chave da solução para qualquer tipo de problema. A luz também traz a conotação de conhecimento e direção. Mesmo a distribuição destes raios assegura a proporcionalidade e igualdade de acesso. Como diriam as mariposas, há uma radiação atrativa nestes logos, independente de sua cor.

1. Gardner Design para Catalyst

2. Glitschka Studios para Procter & Gamble

3. Circulodiseno, SC para New Venturees

4. Chris Herron Design para Marimon Inc. & Kelly Swofford Roy

2008_stitch

Bordado

Nos últimos anos, os designers têm se apoiado em diversos padrões. Os fundos dos desenhos têm se tornado um território sagrado para tecidos de amostragem, padrões vitorianos, flora orgânica, madeira artificial e qualquer outra cobertura rococó-retrô que não prendesse a atenção do usuário nem estivesse protegida por direitos autorais.

Quadriculados e zigue-zagues à parte, designers de projetos menores e mais exclusivos têm fuçado nas cestas de roupas de suas avós para buscar inspiração. Isso não está tão relacionado a padrões têxteis, mas sim aos elementos que compõem as roupas. Zigue-zague, ponto-reto e ponto-cruz são algumas das idéias do arsenal de costura.

Bugigangas, arrastões, franjas e desfiados também têm funcionado bem na composição destas soluções. Esta linguagem comum dos elementos mundanos traz uma beleza refrescante, muitas vezes feminina, quando estes são sobrepostos com bom gosto. Lembre-se, porém, que a diferença entre uma toalha de mesa e uma peça de alta costura não é o material, mas sim saber o que fazer com ele.

1. The Woodbine Agency para Lamp

2. tenn_do_ten para Chico

3. the Pink Pear Design Company para Rummage

4. Hammerpress para Nathasha’s Mulberry & Mott

2008_colorblind

Daltonismo

Às vezes, exemplares de uma técnica de logotipo parecem, no mínimo, pouco racionais. Neste grupo, é como se o National Geographic tivesse informado que recentemente foram descobertos novos testes de cores de Ishihara. A influência é obvia, mas o uso continua sem explicação. Você há de convir que é muita audácia de um cliente querer adotar um logotipo que não será entendido por 7% da população  masculina e 0,4% da feminina.

Talvez este seja exatamente o ponto. Estas marcas representam uma sutileza associada com entidades que somente uma parte da população poderá apreciar. Mesmo para indivíduos que não sejam daltônicos, estas imagens podem ser desafiadoras. Mas este misticismo pode ajudar a criar uma afinidade entre a marca e o observador uma vez que este sente que “passou no teste”. De qualquer maneira, há um divertido charme aqui – no caso desta ou daquela interpretação estar errada, todas estas empresas vendem sorvetes Dippin’ Dots.

1. Colorblind Chamaleon – auto-promoção

2. Range para Dennis Murphy

3. Pearpod para Razôo

4. Cricket Design Works para Creme Cafe

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Ameba

Estas são bolhas fofas e infladas sem nenhum canto reto que possa te machucar, caso você caia. Suas formas amigáveis são geralmente desestruturadas e parecidas com uma ameba sob a lente de um microscópio eletrônico, fluidas e em movimento. A palavra ameba vem do grego amoibe, que significa mudança e sua tendência à fluidez. Os elementos que compõem estes logos podem ser qualquer coisa, menos estáticos. Você pode imaginar a relação entre as partes de um logo se você as separar.

Este processo de mudança e movimento nos dá uma idéia sobre a estrutura e o processo dos negócios representados aqui. Flexibilidade e natureza ágil permitem aos negócios se adaptarem nas indústrias sempre em transformação. Estas são entidades que valorizam a evolução. Se você está envolvido, suas chances de ser um organismo vivo são grandes, e isso não é fácil de se encontrar.

1. Tactix Creative para DJ Eddie Amador

2. Double Brand para Poza Showroom

3. Mola para EDP

4. Yaroslav Zheleznyakov para Promotion

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Faces

Ali Baba e os 40 ladrões sabiam o que tinha de especial uma caverna coberta de jóias por dentro. Nestas pedras preciosas, há um valor intrínseco que inspira diversas histórias. Quem não fica hipnotizado com as refrações de luz de uma pedra preciosa? Que elemento perfeito para se usar como matéria prima de uma identidade!

Para agregar mais valor usando uma pedra como base, é necessário reconhecer seu potencial. Com o esforço certo, um olho treinado pode lapidar a quantidade certa para maximizar o valor da peça. Tudo isso pode resultar num fracasso total se o processo não estiver correto. Com um grande risco vem uma grande recompensa.

Estes logos também podem demonstrar a natureza multifacetada dos negócios. Ao arranjar estas faces em suas posições ótimas, você cria claridade e luz. Ou talvez as coisas não sejam assim tão profundas, e você somente goste de coisas brilhantes.

1. Kitsh para Clay Saphire

2. Thomas Manss & Company para VCC Perfect Pictures

3. Gardner Design para Lavish

4. BFive para Solo Company

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Rabiscos

Há certa honestidade em uma imagem que não tenha sido empurrada de um lado do computador e puxada pelo outro. Ainda há alguma alma associada à marca e até mesmo suor e sangue de seu criador. Nenhuma tentativa foi feita para decifrar o consumidor, e certamente não há um nível mais alto de comitê de gestão para reprimir a inocência de um logo humildemente rabiscado.

Urgência é uma característica importante destas marcas também. O logo Rebuild, desenvolvido após o furacão Katrina, traz a mensagem de que as pessoas precisam de sua ajuda agora. Não há tempo para refinar uma solução corporativa para o problema: nós precisamos da ação de todos, e precisamos agora.

Mensagens pessoais e senso de humanidade estão associados a estas marcas. É a certeza de que o intermediário foi cortado, e esta mensagem é entre mim e você, e mais ninguém.

1. Steve’s Portfólio para www.thehurricaneposterproject.com

2. Stubborn Sideburns para Hipposchemes

3. Fifth Letter para Shawn Lynch

4. Studio Oscar para Levi Strauss

2008_flourishFlorais

Pegue um pedaço de tipografia modesta, água, fertilize a combinação com uma poeira insana de pixels, e deixe crescer. Estes logos podem ser parentes da tendência Flora & Enfeites identificada nos últimos dois anos, mas eles definitivamente são tipos sobre esteróides. Imagine um tipo com um cabelo preparado para a semana de moda em um filme do Fellini.

As principais influências são do trabalho impressionante de Si Scott e do design desordenado de Marian Bantjes. Scott desenvolveu uma aparência de assinatura que tem sido imitada um pouco perto demais para ser confortável, em alguns casos.

Os florais decorativos identificam estas empresas: elas dão mais do que você espera e têm consciência de que enfeites e excessos trazem a satisfação. Estes desenhos são exóticos e inesperados, mas caprichosos o suficiente para evitarem ser evidentemente femininos.

1. Lucero Design para Project 240 Apparel

2. United* para Bar Carrera NY

3. Team Manila Graphic Design Studio para Neu Media

4. Distrubancy Graphic Treatment para Eclipse Streetwear

2008_fibrous

Fibrosos

Cordas retorcidas caminham em sequência ou são unidas para formar uma trança mais forte. Ou você vê os ramos de uma videira expandindo-se a partir de sua base. Talvez seja o declínio e o fluxo de um grupo rítmico de fibras finas em um concerto para criar a ilusão de uma massa sólida. Estas são apenas algumas das descrições que ajudam a definir esta categoria.

Um coletivo agindo em uníssono para maximizar a ação e criar força em números é o coração destes logos. Estes não são traços perfeitamente alinhados. Ao contrário das ranhuras de um disco, estes elementos mostram um grau de independência e celebram a diversidade dos componentes ao se unirem.

Juntar elementos em prol do bem comum tem se tornado um tema prevalecente. Esta tendência transcende o mundo corporativo e é vista em relações sociais também. Respeito pela individualidade e honra da unicidade são atividades admiráveis.

1. Guillermo Brea & Associates para Argentina

2. Najlon para a cidade de RIJEKA

3. Mattson Creative para The Collective

4. AtomicasStudio para 2 Excite

Tendências secundárias

Algumas categorias surgiram este ano e não foram fortes o suficiente para criar suas próprias linhas, mas merecem ser mencionadas.

2008_motion1

Animação

O que torna estes designs únicos é que eles foram projetados para estar em movimento. Eles não são desenhos estáticos que foram animados a posteriormente.

Para ver alguns excelentes exemplos em ação, CLIQUE AQUI

Moving Brands para Swisscom

2008_braillePalavras em Braille

Imagine palavras, números ou letras formados a partir de pontos estilo Braille.

Pearpod para Plus 3

2008_stacksSobreposição

Estes logos são como sanduíches transparentes que tiveram cada camada sobreposta.

Bukka Design para Neven Vision

2008_contactQueda da lente de contato

Se uma lente de contato cair sobre um logo, você verá o mesmo efeito que estas imagens. Eles são geralmente em formato circular ou de lente, com uma borda externa pesada e uma borda interna leve. Pense no logotipo do Barack Obama.

FutureBrand para MasterCard Worldwide

2008_psychePsicodélico

Se você quer saber o que vai acontecer em qualquer tipo de design, pense no que estava acontecendo há 30 anos. É um carrossel infinito de estilos. Veja os tratamentos de encaixe psicodélico de tipos que são tão populares hoje em dia. É o Haight-Ashbury na área novamente.

Yaroslav Zheleznyakov para Lemonades from Arbuzov

2008_pathwaysCaminhos

Há também diversas linhas de movimento a serem vistas, indo para cima, para baixo, voltando, ou dando voltas. Elas são como determinantes de caminho, às vezes transparentes como luz, saltando de um lado para o outro ou se curvando no espaço. O logotipo da Tennis Austrália é um excelente exemplo. Aonde a bola for, o logo vai.

FutureBrand (UK) para Lakshmi N. Mittal

2008_warped

Torção

Se você pegar um pedaço de papel quadriculado e começar a amassá-lo ou torcê-lo, o quadriculado irá começar a apresentar a forma do movimento que você estiver fazendo. Mas nesta categoria de logos, o substrato é mais flexível que o papel. Há mais elasticidade, para que as linhas dos eixos X e Y se contorçam.

Thackway+Mccord para FINRA

Finalmente, é interessante notar que há um lugar confiável para buscar diariamente o que há de mais novo em design de logos (além do LogoLounge.com): materiais promocionais de televisão vinculados em qualquer um dos principais canais de “estilos”: Food Network, Discovery, HGTV e Travel Channel, entre outros. Por terem dinheiro e habilidade para trabalhar rapidamente, estes canais costumam fazer previsões e criar tendências. E os designers, exatamente como o resto das massas, estão em casa, assistindo à televisão.

Bill Gardner é o diretor da Gardner Design e criador do LogoLounge.com, um website único onde, em tempo real, os membros podem postar seus trabalhos de logotipo, estudar o trabalho de outros, buscar no banco de dados resultados a partir do nome do designer, tipo de cliente ou outros atributos, aprender a partir de artigos e notícias escritos exclusivamente para designers de logotipos, e muito mais. Bill pode ser contatado através do e-mail bill@logolounge.com

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E ai pessoal, gostou do artigo? Pra mim, particularmente, serviu e servirá de inspiração e principalmente como meio de aprendizado de como projetar, apresentar e analisar um logo. Sem contar que ler textos de caras como o Bill, me faz ser mais racional e analítico quando se trata de analisar ou projetar um logo. Pra mim, um dos melhores posts do LogoBR até hoje. E vocês, o que acharam?